Muitos condutores, especialmente os menos experientes, ficam surpreendidos ao notarem o sobreaquecimento do motor enquanto estão no tráfego urbano ou nas rodovias. Isso ocorre porque a situação de o carro estar fervendo pode se agravar se os procedimentos adequados não forem seguidos.

Quando um veículo está fervendo, significa que o motor superaqueceu. No entanto, existem diversas razões para esse problema surgir. Portanto, é crucial estar atento se o indicador de temperatura se aproxima da zona vermelha, se uma luz de advertência se acende ou, em casos extremos, se é visível fumaça saindo do compartimento do motor.

Para prevenir esse contratempo e saber como lidar com ele caso ocorra, compilamos sugestões que podem ajudar a evitar dificuldades ao enfrentar essa situação. Continue lendo para descobrir:

O que pode causar o superaquecimento do carro?

Para compreender por que um carro está fervendo, é essencial entender o funcionamento do sistema de refrigeração. O radiador, válvula, reservatório e bomba de água trabalham em conjunto com um propósito único: manter o motor funcionando dentro de temperaturas ideais.

Esse sistema opera em um circuito fechado, seguindo o princípio de transferência de calor, onde o líquido absorve o calor das paredes externas dos cilindros do motor e, assim, regula sua temperatura por meio de uma válvula que conecta o circuito ao radiador.

Portanto, há diversos problemas que podem estar associados ao superaquecimento do carro, tais como: falhas em componentes do sistema de refrigeração, na bomba d’água, mangueiras, termostato, válvula do termostato, radiador, ventoinha ou até mesmo a tampa do reservatório de expansão. Quando qualquer um destes elementos falha, o motor não é devidamente resfriado, podendo resultar em superaquecimento.

Quais são as possíveis causas desse problema?

O motor de um veículo opera consistentemente em altas temperaturas, devido à natureza da combustão interna. Além do processo de combustão que impulsiona os pistões, o atrito entre as partes móveis do motor também gera calor, elevando gradualmente a temperatura do veículo.

Portanto, é crucial que todo o sistema de refrigeração esteja funcionando de forma eficaz. Como mencionado anteriormente, várias partes compõem esse sistema, resultando em várias possíveis falhas. Algumas delas incluem:

Disfunção da válvula termostática

A válvula termostática regula o fluxo de água fria vinda do radiador para o motor, reduzindo sua temperatura. Se essa peça falhar na posição fechada, o resfriamento em temperaturas elevadas não ocorrerá, resultando em superaquecimento.

Presença de ar no sistema de refrigeração

A entrada de ar no sistema ocorre devido à troca de fluido ou à simples abertura da tampa do reservatório. O ar presente pode interferir no funcionamento do sensor de temperatura, levando à falta de acionamento da ventoinha e, consequentemente, a um aumento drástico da temperatura — culminando no superaquecimento do carro.

Falha na bomba d’água

A bomba d’água é responsável por manter o fluido em circulação pelo sistema. Com o tempo, essa peça pode apresentar vazamentos ou desgaste nas pás.

No primeiro caso, sem substituir a peça defeituosa, o vazamento de água resultará na perda de eficiência do sistema de refrigeração. No segundo caso, a bomba perde sua capacidade de bombeamento.

Vazamento de pressão

A pressão no sistema de refrigeração eleva o ponto de ebulição da água, permitindo que ela permaneça líquida mesmo a temperaturas ligeiramente acima de 100°C.

Quando ocorre um vazamento nos componentes do sistema, como mangueiras e tubos, essa pressão diminui, resultando não apenas na redução do ponto de ebulição, mas também na perda do fluido.

Baixo nível de fluido no reservatório

O nível do fluido no reservatório pode indicar problemas no sistema de refrigeração. No entanto, muitos condutores não verificam regularmente o nível, percebendo o defeito apenas quando o carro apresenta sinais graves, como o superaquecimento, o que pode causar danos significativos ao motor.

Permanência em congestionamentos

Pode parecer um mito, mas é verdade: ficar preso no trânsito pode causar superaquecimento do veículo. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, as chances de o carro ferver não são maiores quando se está dirigindo em alta velocidade.

O que ocorre é que, quando o carro está ligado mas praticamente parado, o fluxo de ar ao redor do motor é significativamente reduzido. Além disso, o calor absorvido pelo asfalto contribui para o aumento da temperatura do motor, pois estão em proximidade física.

Como prevenir esses problemas?

O primeiro passo é verificar semanalmente o nível do fluido no reservatório e, se necessário, fazer a reposição com o fluido adequado, seja água ou líquido refrigerante. A manutenção regular do veículo é essencial, incluindo a verificação do sistema de refrigeração por profissionais.

Além disso, algumas precauções podem ser tomadas, tais como:

• Inspeção das mangueiras;
  
• Verificação da limpeza do sistema de ventilação;
  
• Teste do sensor de temperatura;
  
• Verificação do ponto de ignição;
  
• Utilização de um scanner de diagnóstico.
  

Tomar medidas preventivas pode prolongar a vida útil do veículo e evitar despesas futuras. Esteja sempre atento aos sinais de falha e busque informações quando necessário.